quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Reza pelas almas do purgatorio


Muitas pessoas têm medo das almas do purgatório por falta de conhecimento, e até fazer associações com fantasmas ou coisas do gênero.

Essas pessoas não sabem, no entanto, que é possível alcançar graças por intercessão das almas do Purgatório. E que Deus concede às vezes mais graças por intercessão delas do que por intercessão dos Santos.

O que é o Purgatório – História

Em Roma, às margens do rio Tibre, ergue-se a igreja do Sagrado Coração do Sufrágio.

Foi nesse local que, em 1893, o Padre Joet erigiu um primeiro oratório como sede da Associação do Sagrado Coração de Jesus pelo Sufrágio das Santas Almas, que, chamadas desta vida, antes de entrarem na bem-aventurança eterna, purificam-se no Purgatório.

No século XIX, rezava-se incomparavelmente mais pelas almas do Purgatório, e a associação progrediu. Em 1897, quatro anos depois de fundada, sobre o altar da capelinha anterior à atual igreja, durante um ofício religioso, irrompeu um incêndio.

Para muitos fiéis ali presentes, pareceu surgir, dentre as chamas, junto da parede à esquerda do altar, uma figura na qual reconheceram um rosto padecendo.

O fato despertou a admiração de todos. Muito se falou sobre o acontecimento. Inúmeras pessoas convenceram-se de que uma alma do Purgatório tinha realmente aparecido entre as chamas.

A imagem vislumbrada durante o incêndio ficou retratada na parede com muita nitidez, e constitui, hoje, uma das peças mais tocantes que se pode ver no Mostruário-Museu da atual Igreja.

Essa manifestação atraiu a atenção de toda a Europa. Soube-se, então, que sinais da mesma natureza haviam aparecido em outros países. E fiéis de quase toda Europa começaram a afluir à Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio.

Entre muitos prodígios ali expostos, encontra-se a marca de fogo que deixou o defunto Joseph Schutz, tocando, com a extremidade dos cinco dedos da mão direita, o livro de orações de seu irmão Georg, em 21 de dezembro de 1838, numa cidade da Lorena.

Outras marcas de fogo foram deixadas em uma mesma de trabalho, no tecido da manga da túnica e na camisa da Venerável Madre Isabella Fornari, Abadessa das Clarissas de Todi.

Uma das marcas foi deixada com o sinal da cruz, a mesa, uma segunda em uma folha de papel, uma terceira na manga da túnica, que, ultrapassando o tecido, deixou também vestígios na vestimenta interna da freira. Esta última marca apresenta manchas de sangue.

Madre Fornari, em virtude das circunstâncias que rodearam o fato, não teve dúvidas em atribuir os sinais e manifestações da alma do Padre Panzini, Abade olivetano de Mântua.

Esse fato extraordinário ocorreu em 1º de novembro de 1731.

Com objetos e manifestações que como esses, recolhidos cuidadosamente em toda Europa, nasceu esse Mostruário-Museu. Neles se encontram, também, documentos originais ou fotográficos de manifestações de vários gêneros.

São Pio X ajudou e abençoou a tal obra, contribuindo assim para combater o neopaganismo, que eclodia virulento em seu tempo. Existe também muita matéria escrita sobre o Purgatório. Uma delas é o “Manuscrito do Purgatório”.

Mestres da Igreja examinaram esse manuscrito, e não hesitaram em declarar que nada têm contra os ensinamentos da fé, e está de perfeito acordo com os princípios da vida espiritual, podendo edificar muito às almas.

Esse manuscrito foi redigido durante os anos de 1874 a 1890 trata-se das comunicações da alma de uma freira que estava no Purgatório, a outra freira que ainda estava viva.

Abaixo, alguns impressionantes trechos dessas comunicações constantes numa tradução do Manuscrito do Purgatório, 2ª edição, publicado pelas Edições Paulinas com o imprimatur da autoridade eclesiástica.

“Ai! Ninguém pode imaginar o que é o Purgatório. É preciso ser muito bom e ter compaixão das almas!” “A visita de Maria nos anima, e depois esta boa mãe nos fala do Céu. Enquanto A vemos, nossos sofrimentos parecem diminuídos” “Quando se perdem os parentes e amigos, fazem algumas orações, choram durante alguns dias. Depois... tudo se acaba! As almas ficam abandonadas” “Deus concede muitas vezes mais graças por intermédio das almas do Purgatório, do que pela intercessão dos próprios Santos” “Sabemos que a Igreja está sendo perseguida, e rezamos pelo seu triunfo”

“No Purgatório, as almas não ficam só ocupadas com seus sofrimentos. Elas rezam pelos grandes interesses de Deus, pelas pessoas que abreviam seus sofrimentos”

Quando Deus cria uma alma, da parte de Deus ela sai pura, isenta de toda mancha de pecado. Mas quando a alma peca, perde a pureza primitiva.

É verdade que, se ela se arrepende e se confessa, recupera a graça, mas, para voltar à sua inocência primitiva, tem necessidade de operações de Deus.

É no Purgatório que Deus faz essas operações, se a alma não se purificou inteiramente durante a vida. O Purgatório existe, verdadeiramente.

As comunicações dessas almas comprovam que devemos rezar para viver de forma a não merecermos o Purgatório. É importante, também, rezarmos pelas almas que lá estão.

Nossa oração, nossos sacrifícios, podem encurtar e diminuir seus sofrimentos. E depois, elas rezarão por nós e vão pedir por nossa salvação quando estiverem na glória celeste.

Nós, que vivemos neste século XXI, somos tendentes a voltarmo-nos mais para o que é concreto. Mas o sobrenatural existe e, queiram ou não os ateus, o sobrenatural se manifesta.

A doutrina católica nos ensina que as almas do Purgatório são almas que estão em estado de graça, e estão sofrendo à espera de ficarem inteiramente purificadas para ir ao Céu.

Padecem terríveis sofrimentos, mas, ao mesmo tempo, cantam louvores às bondades de Deus, que as livrou do inferno.

São confortadas, como vimos, pela visita de Nossa Senhora. E, tal como os santos, podem se manifestar para fazer o bem aos homens que, na terra, militam na Santa Igreja.

Rezemos com freqüência às almas do Purgatório, e peçamos a Deus que abrevie seus sofrimentos.

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