quinta-feira, 4 de novembro de 2010


O mês de novembro é dedicado às Almas do Purgatório.

A doutrina da Igreja Católica sobre o Purgatório compreende três pontos:

1º O Purgatório existe;

2º Nele as almas serão purificadas;

3º Os fiéis da Igreja militante, podem, pelas orações e obras meritórias, aliviar as penas das almas do Purgatório.

Oração de Nossa Senhora do Carmo pelas almas

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Saúde dos Enfermos, rogai por nós.
Refúgio dos pecadores, rogai por nós.
Consoladora dos aflitos, rogai por nós.
Ave-Maria
Nossa Senhora do Monte Carmelo.

Amantíssima Mãe do Divino Jesus, que vos dignastes fazer do monte Carmelo, na Terra Santa, um local santificado para a manifestação de vosso celestial poder, sede propícia às minhas preces, ajudai-me na luta contra o pecado, ajudai-me a me tornar digno da clemência de Vosso Filho Nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa Senhora, advogada dos aflitos, lançai vosso olhar sobre as almas sofredoras no outro mundo e sobre a alma de….( dizer o nome da pessoa falecida).

Amparai-o com a vossa infinita bondade, rogai a Deus Pai, Todo Poderoso, a Deus Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, a Deus Espírito Santo, pelo perdão de seus pecados, de suas faltas e conduzi a sua alma, talvez ainda sofredora, à luz eterna, à celestial mansão de Deus, dos Anjos, dos Patriarcas, dos Apóstolos, dos Mártires, das almas que se mantiveram firmes na fé em vosso Amado Filho Nosso Senhor Jesus Cristo.
Senhora do Carmo, ouvi o seu apelo:
” Do abismo clamei a Ti, Senhor. Senhor, ouvi minha oração”. Nossa Senhora do Carmo, rogai por …..(nome da pessoa). Nossa Senhora do Carmo, intercedei por …..(nome da pessoa). Nossa Senhora do Carmo, protegei …..(nome da pessoa).
Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. (Três Vezes)
Rezar um Pai-Nosso, Três Ave-Marias e uma Salve-Rainha.

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A fonte das duas materias abaixo é o site: www.paginaoriente.com/santos/finados0211.htm

FINADOS – DIA DAS ALMAS

1º. O purgatório existe deveras - Deus revelou esta verdade no Antigo Testamento. “ É um pensamento santo e salutar orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”. (2 Macab. 12, 46). Destas palavras devemos deduzir que já no Antigo Testamento se acreditava num lugar expiatório, em que as almas dos defuntos eram detidas, até que fossem absolvidas dos pecados.

Jesus Cristo fala de pecados que “não serão perdoados nem aqui, nem no outro mundo”. (Mt. 12, 13). Logo, para certos pecados, há possibilidade de serem perdoados ainda no outro mundo. O lugar onde estes pecados serão expiados, é o Purgatório.

A Igreja ensina, com toda a precisão, a existência do Purgatório. Assim, escreve São Gregório Magno: “Sei que alguns devem fazer penitência ainda depois desta vida, nas chamas do Purgatório”. – “Uma coisa é esperar o perdão – diz São Cipriano – e outra entrar na eterna glória; uma coisa é ser metido no cárcere e dele não sair, enquanto não for pago o último ceitil, e outra coisa é receber imediatamente a recompensa da fé e da virtude; uma coisa é penar muito tempo e purificar-se nas chamas do Purgatório e outra coisa é ter removido todos os pecados, pelo martírio”.

Os Concílios ecumênicos de Cartago, Lyon, Florença e Trento definiram bem claramente a fé na existência do Purgatório. Nas antiqüíssimas orações litúrgicas, a Igreja pede a Deus que “absterja as manchas que ainda aderirem às almas dos fiéis defuntos” – que “delas se compadeça e lhes conceda o lugar da paz e da luz” – “que as tire das tristes moradas e as faça gozar da sorte dos justos”.

Esta doutrina da Igreja está muito de acordo com a razão. Se é certo que no céu entrarão somente as almas purificadas; se é certo que poucos homens na hora do trânsito estão isentos da mais leve culpa, certo é também que, com pouquíssimas exceções, os homens ficariam sempre excluídos do céu, se não houvesse na eternidade um lugar de expiação, salvo se Deus, na sua misericórdia, perdoasse sumariamente todos os pecados e as respectivas penas na hora da morte, o que não acontece. Na eternidade Deus “dará a cada um a paga, segundo as suas obras”. (Mt. 16, 27). Negar a existência do Purgatório equivaleria à exclusão do gênero humano quase inteiro da eterna bem-aventurança, o que seria contra a fé e a razão.

2º. No Purgatório serão purificadas as almas dos justos – O Purgatório é um lugar, onde não prevalece a misericórdia, mas a justiça divina. As penas das almas devem ser de natureza a satisfazerem plenamente à justiça divina. É claro que devem estar em proposição exata com a gravidade da ofensa, que Deus pelo pecado sofreu. Quem poderá aliviar a gravidade da ofensa, que uma pobre criatura se atreva a fazer ao Criador ? “Terrível é cair nas mãos de Deus vivo” . (Hebr. 10, 31).

O Purgatório é um lugar de penitência, que igual não tem aqui na terra. A razão é clara. Toda a penitência feita aqui, por mais rigorosa que seja, tem por fim preservar o homem da penitência futura na eternidade. Se assim é, a penitência a fazer-se na eternidade deve ser extremamente dolorosa. Se os maiores Santos castigavam o corpo com tanto rigor; se os primeiros cristãos prontamente tomavam sobre si as disciplinas mais duras e humilhantes, não era para outro fim, senão para deste modo se livrarem das penas temporais na eternidade. Se os rigores dos Santos, se as penitências públicas que estavam em uso no tempo da Igreja primitiva, não suportam comparação com as penitências do Purgatório, forçoso é concluir que estas devem ser mui dolorosas.

3º. Natureza das penas – O Purgatório é um lugar de purificação, que assustaria, porém, os maiores penitentes, os mais dedicados amigos da Cruz. Por quê ? Porque a purificação realizada no Purgatório é inteiramente diferente daquela que Deus costuma aplicar nesta vida. A purificação feita aqui é meritória, em atenção à Paixão e Morte de Jesus Cristo. A purificação, porém, no Purgatório é um sofrimento que não oferece o menor merecimento; são penas de que a alma, contra a vontade de Deus, se tornou merecedora pelos pecados. Davi pediu a Deus: “ Senhor, não me arguas em teu furor, nem me castigues na tua ira”; isto, segundo a explicação de Santo Agostinho, quer dizer: Assisti-me, ó meu Deus, para que não mereça vossa ira, isto é, as penas do purgatório.

Quem são aquelas almas que penam no Purgatório ? Pela maioria não são nossas conhecidas, mas entre todas nenhuma há que nos seja estranha. Todas elas, sem exceção alguma, são unidas a nós pelo laço da graça santificante: são portanto nossas irmãs em Jesus Cristo. Como não negamos o nosso socorro ao nosso irmão grandemente necessitado, não devemos negá-lo às pobres almas, que sofrem incomparavelmente mais, sem a possibilidade de melhorar a sua sorte, ainda mais, quando temos em nossas mãos meios poderosos para aliviar-lhes as dores. Não haverá entre as almas uma ou outra, que nos deva interessar mais de perto ? Descendo em espírito às trevas do Purgatório, lá não descobriremos talvez as almas de nossos pais, parentes, amigos e benfeitores ? A caridade, a gratidão não exigem de nós, que lhes prestemos o nosso auxílio ? Não têm elas direito à nossa intervenção, ainda mais quando as penas lhe foram causadas por pecados que cometeram talvez por nossa culpa ?

É natural e justo que devemos expansão à nossa dor, quando um dos nossos queridos entes nos é arrebatado pela morte; o verdadeiro amor, porém, exige de nós alguma coisa mais. Cumpre que unamos as nossas lágrimas ao sacrifício de Jesus Cristo no Gólgota; cumpre que a nossa dor seja uma dor ativa, como ativa foi também a dor que Jesus Cristo sentiu junto ao túmulo do amigo Lázaro. A nossa dor pela perda dos nossos pais, parentes e amigos não se deve limitar a manifestações exteriores. Por mais ricas que sejam as coroas depositadas nos túmulos dos nossos mortos; por mais vistosos que se apresentem os monumentos que lhes erigimos sobre os restos mortais, não preservam o corpo da decomposição, nem defendem a alma contra os tormentos do Purgatório. Não querendo fazer-nos culpados de ingratidão e inconsciência, é mister que empreguemos os meios que a Igreja tão generosamente nos oferece, como sejam: a recepção dos santos Sacramentos, em particular a SS. Eucaristia, o santo sacrifício da Missa, obras de penitência e caridade, as santas indulgências, etc. Um Pai Nosso rezado com devoção e humildade pelas almas, vale mais que muitas coroas; uma santa Missa celebrada pelo descanso eterno de uma alma, aproveita-lhes infinitamente mais que um suntuoso monumento, porque a santa Missa é o sacrifício expiatório por excelência.

O espírito pagão, que, com sua ostentação vaidosa e balofa, se infiltrou em todas as camadas da nossa sociedade, procura também se insinuar no santuário, o que em grande parte já conseguiu. Como são diferentes os enterros de hoje, daqueles que os primeiros cristãos faziam nas catacumbas ! Naquele tempo havia muita devoção e pouca flor; hoje há pelo contrário, uma imensidade de flores e coroas e pouca ou nenhuma devoção. Os primeiros cristãos levavam os defuntos ao cemitério, cantando salmos e recitando orações; os cristãos de hoje acompanham os enterros por simples formalidade, sem lhes vir a idéia de rezar uma Ave Maria sequer pelo descanso do falecido; os primeiros cristãos confiavam os defuntos com muito carinho à terra, como uma semente preciosa da futura ressurreição gloriosa; os enterros de hoje são quase destituídos por completo de tudo que possa lembrar as verdades eternas.

Como é bela a devoção às almas do Purgatório! Agradável a Deus, proveitosa às pobres almas, é utilíssima a nós mesmos. Não fechemos o nosso ouvido aos gemidos dos nossos irmãos, que padecem no Purgatório. Eles levantam as mãos para nós, suplicando o nosso auxílio. Talvez sejam nossos pais; um pai amoroso, que nos dedicava os seus cuidados, dia e noite; talvez a mãe, que nos amava tão ternamente; irmãos, cuja morte tanto nos entristeceu; filhos, que eram o encanto da nossa vida; o esposo, sempre tão dedicado e fiel cumpridor dos deveres; a esposa, a fiel companheira, o anjo do lar. Todos sofrem, sofrem penas amargas, impossibilitados de melhorar a sorte. A nós se dirigem suplicantes: “Compadecei-vos de mim, ao menos vós, que sois meus amigos, porque a mão do Senhor me tocou” . (Job. 19, 21).

Reflexões:

Há pessoas que não temem o Purgatório e tampouco cuidam de dar a Deus a necessária satisfação das suas culpas. Dou-me por muito satisfeito, assim dizem, se Deus não me condenar. Outros há que confiam nas orações e sufrágios dos parentes e amigos ou nas santas Missas, para cuja celebração providenciaram no testamento. Aqueles se convençam de que impunemente ninguém ofende a Deus e que o pecado leve é caminho seguro para culpas graves. Os outros leiam e ponderem as seguintes palavras de Tomás a Kempis: “ Não te fies demais nos amigos e parentes e não proteles tua salvação para mais tarde; mais depressa que pensas, se esquecerão de ti os homens. – É melhor providenciar em tempo e despachar já de antemão boas obras para a eternidade, do que confiar no auxílio de outros depois da morte. Se não providenciares em teu interesse quem o fará por ti?”. Só por estas palavras, não deveríamos nós, tomarmos consciência quanto à nossa responsabilidade em elevar diariamente nossas orações e sacrifícios, mandar celebrar missas pelo menos às almas dos nossos parentes e amigos que partiram para a eternidade? Aproveitemos o pouco tempo que nos resta para socorrer as almas do purgatório, pois nós também precisaremos em breve desse precioso auxílio, especialmente da intercessão das almas que de lá forem libertadas com a nossa ajuda.

CÉU INFERNO PURGATÓRIO

INTRODUÇÃO
O juízo particular decide a sorte da alma na eternidade: Ou será destinada ao Céu, ou ouvirá a terrível sentença de morte eterna, o Inferno. Aquelas almas, porém, que não apresentam a pureza necessária para poderem ser admitidas no Céu, devem descer ao lugar da purificação, ao Purgatório. É o que veremos nos sub-tópicos seguintes:
CÉU (PARAÍSO)
É o lugar onde encontra-se Deus, a Santíssima Trindade com seus anjos e com seus santos. “Os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração humano jamais imaginou, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Cor 2, 9). Estas palavras servem, muitas vezes de referência, para se descrever a glória de nossa vida eterna junto de Deus. Entretanto, por mais estranho que pareça, tratam diretamente da fé nesta terra. A paz, o perdão, a união vital com Cristo: Isto constitui o início do Céu. A felicidade eterna começa, em certa medida, no meio das necessidades e tribulações desta vida. Essa alegria desabrochará, plenamente, no Paraíso.
Os trechos mais extensos que descrevem a vida eterna, encontram-se no Apocalipse ou “Livro da Revelação”. Contém ardente esperança dos primeiros cristãos, a cuja luz podemos acender a nossa, sem que, para tanto, seja preciso entendermos o sentido exato de cada frase. Esses trechos do Apocalipse são ecos das palavras com que os profetas de Israel contaram a salvação vindoura, em imagens maravilhosamente paradisíacas, cujo núcleo é: A presença salvadora de Deus. Assim, por exemplo, passagens do fim do livro de Isaías.
Temos a Sagrada Escritura, num todo, como ponto de partida que enche o coração de alegria e esperança e que vivencia o elemento constitui da felicidade celeste, isto é, a salvação. Jesus chama a seus amigos pelo nome. Essa atenção é repleta da promessa de que o Paraíso não consistirá em espécie de letargia perpétua da personalidade humana, mas pelo contrário, seu desdobramento consumado, na luz do Deus dos vivos, a meta da perfeição finalmente alcançada.
Por conseguinte, a Igreja edificada por Cristo nos proporciona todos os meios, todos os instrumentos para alcançarmos o Paraíso. A consciência católica neste contexto, assume um caráter particular. Apesar do plano da salvação atingir, por preceito do Senhor, a humanidade inteira, para nós católicos é cristalino o conceito de não ser possível salvar-se buscando outras doutrinas. Nisto se resume o conceito de que “fora da Igreja não há salvação”, ou seja, só a Igreja católica possui todos os meios, nada lhe falta, porque é Santa, edificada por Deus. Foi Cristo quem estabeleceu, conferindo a São Pedro a primazia e o poder das chaves: “E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18); “Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 19); também deixa explícito que o testemunho de Pedro será de morte: “Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.” O cunho profético desta última passagem estende tal testemunho aos seus sucessores, que tombaram em defesa da fé; praticamente todos eles, até o 26º Papa (ano de 274), receberam a coroa do martírio. Isso sem falar nas constantes perseguições registradas no decorrer de sua história até os dias atuais. Que trajeto encantador, que dedicação exemplaríssima deixaram nossos santos, na defesa dos princípios e constância na prática da religião, na luta gigantesca contra o paganismo, superstições, heresias, enfim, contra as forças que inutilmente se levantaram tentando macular a Igreja de Cristo!
Pode ser que Deus nunca venha a exigir de nós o sacrifício de confessar e defender a fé em circunstâncias tão graves e difíceis como exigiu dos nossos santos antepassados, de termos de escolher entre a morte ou à apostasia. O que Deus, porém, nos exige, é uma vida de acordo com os ensinamentos da santa religião. Não precisamos defender a fé perante juízes pagãos, mas perante à família, à sociedade, dando o exemplo de católicos praticantes. Devemos recorrer às virtudes da humildade, caridade, mansidão, paciência e muita fortaleza quando surgirem as adversidades. Perseveremos na fé do Senhor até o fim, até o dia do desenlace, certos de que não foram vãs as lutas perpetradas contra o mal, pelo contrário, aí reside o triunfo eterno dos justos, a glória, o Paraíso eterno.
PURGATÓRIO
Entre as almas do Purgatório há muitas, que nunca na vida normal cometeram um pecado grave. Por não terem satisfeito à justiça divina pelos pecados veniais com que a ofenderam, são retidas no lugar da purificação até que tenham feito expiação do último, porque no Céu nada de impuro pode entrar.
Existem passagens na Bíblia que indicam claramente a existência do Purgatório. Vejamos algumas: “O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu Senhor, nada preparou e lhe desobedeceu, será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu Senhor, fizer coisas repreensíveis, será açoitado com poucos golpes”(Lc 12, 47-48). “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz e o juiz não te entregue ao executor, e o executor não te ponha na prisão. Digo-te: Não sairás dali até pagares o último centavo”. (Lc 12, 58 e 59). No Antigo testamento em 2Mac 12, 43-46 também lemos que se oferece sacrifício pelos pecados dos mortos na guerra, que esperam a ressurreição.
A oração pelos defuntos é tradição da Igreja. Para que serve essa oração? Porque, em geral, há ainda certa aversão, má vontade, indiferença no homem, mesmo quando morre em estado de graça. (Será que gostaríamos de encontrar no Céu, cada um de nossos próximos, tal como o é agora?). Morrer significa também morrer ao mal. Trata-se do “batismo de morte”com Cristo, no qual se consuma o batismo com água.
No cânon da Missa deixa-se, todos os dias, um espaço para se mencionarem os nomes dos defuntos, dentro da celebração do sacrifício da cruz pela comunidade da igreja. Depois da citação dos nomes, a oração prossegue: “Pedimo-vos, Senhor, dar-lhes a eles e a todos que repousam em Cristo, o lugar do refrigério, de luz e paz”. 2 de novembro, “Dia de Finados”, é uma ocasião de oração especial pelos defuntos.
Quem entrou no Purgatório já está salvo, porém, em constante estado de expiação e purificação das máculas que agregaram-se à alma durante nossa vida terrena. No entanto, que isto não nos venha servir de consolo ou de motivo para justificar a prática de pequenos pecados. O homem deveria preferir a morte e o sofrimento a decidir-se pecar; não só a cometer pecado grave como também a pecar levemente. Somos, assim, tentados a não temer o Purgatório. Damo-nos por muito satisfeitos, dizemos, se Deus não nos condenar. Há muitos que confiam nas orações e sufrágios dos parentes e amigos ou mais santas Missas, para cuja celebração providenciaram no testamento. Devemos nos convencer que impunemente ninguém ofende a Deus e que o pecado leve é o caminho seguro para as culpas graves. Ponderemos as seguintes palavras de Tomás de Kempis: “Não te fies demais nos amigos e parentes e não proteles tua salvação para mais tarde; mais depressa do que pensas, se esquecerão de ti os homens”.
Já que temos esta consciência, devemos marchar em direção oposta a tal inclinação; não devemos nunca deixar de rezar pelos mortos, que dependem de nossas orações e intenções nas celebrações eucarísticas. É muito bela a devoção às almas do Purgatório! Agradável a Deus, proveitosa às pobres almas, é utilíssima a nós mesmos. Não fechemos nosso ouvido aos gemidos dos nossos irmãos que padecem no Purgatório. Eles levantam as mãos para nós, suplicando o nosso auxílio. Lá estão pais amorosos, que aos filhos e à esposa dedicavam seus cuidados dia e noite. Lá estão muitas mães, que amavam os filhos e o marido tão ternamente. Irmãos, cuja morte muito nos entristeceu. Amigos, que caminhavam conosco e tantas alegrias nos proporcionaram. A nós se dirigem suplicantes: “Compadecei-vos de mim, ao menos vós, que sois meus amigos, porque a mão do Senhor me tocou”. (Jó 19, 21) Demos o mesmo tratamento os inimigos mortos; que divina reconciliação e alegria em plenitude, ao escutarem nossa voz elevando-se em súplicas e orações!
INFERNO
Jesus fala na possibilidade de alguém se perder para todo o sempre. Uma “pena eterna” (Mt 25,46). Podemos entender mal esta palavra: Como se fosse feita ao condenado injustiça ou desgraça, tal como é possível, quando se trata do castigo terrestre. Por isso, é mais compreensível para nós designar a mesma realidade por outro termo: “Pecado eterno”.
A situação de frio endurecimento torna-se eterna. Deus, amor, bondade, Cristo, comunidade…. não lhe dizem nada e não o influenciam absolutamente. É a desordem consumada: O pecado levado à sua expressão total. O definitivo fechar-se sobre si mesmo: Nenhum contato, nem com Deus, nem com os outros. É este o castigo do pecado: “A segunda morte” (Apoc 20.14). A Sagrada Escritura exprime-se com palavras tremendas: Escuridão ou trevas, ranger de dentes, fogo. Não devem ser interpretadas no sentido literal, material, mas nem por isso deixam de representar bem o horror de perder o fim da existência: Desgraça irremediável, irreversível, o fracasso eterno.
Pensamos, às vezes: É impossível conciliar o inferno com o amor de Deus. Mas, precisamente, aqueles que estavam compenetrados desse amor de Deus, acreditavam no inferno. Em primeiro lugar, o próprio Jesus, que não se pronuncia a respeito dos condenados, mas à pergunta pelo número de salvos e condenados responde aos ouvintes com série exortação, para que tomem o caminho que leva à vida. Aliás, Cristo não veio ao mundo e nem morreu na cruz por brincadeira, e nem sequer representa uma figura meramente humana, amorosa e pacífica, como muitos pensam. Sua causa é seríssima, plenamente grave e ao mesmo tempo impossível de ser assimilada pela inteligência humana. Veio para pregar a verdade energicamente, veio mostrar o caminho certo da salvação. Cada um aqui deve refletir e tirar suas próprias conclusões. O aviso de Jesus é uma graça para nós. Também os santos acreditavam no inferno, sem julgarem que se tratasse da contradição ao amor de Jesus. Santa Terezinha procurou resposta também na Justiça de Deus: “Ninguém está no inferno, sem o ter merecido”. Por isso, não nos arroguemos em julgamento sobre coisa que não compreendemos. Não nos fabriquemos um Deus próprio irreal; acreditemos nele, tal como se revelou em Jesus, onde contemplamos o amor do Pai até ao extremo; mas de sua boca ouvimos também estas palavras: “Não temais aqueles que podem matar o corpo, mas não a alma. Antes temei aquele que pode perder, no inferno, tanto a alma como o corpo” (Mt 10,28).
Nas cenas do Juízo Final, nas catedrais medievais, o gesto condenador é este: Jesus mostra as cinco chagas. Sem palavras, quer dizer: “Veja o que eu fiz! Que mais podia fazer?”.
Não devemos deixar de ensinar essa doutrina de reprovação às crianças. Mas seria grave erro usá-la como ameaça, como se elas pudessem ir também para esse lugar. Tudo tem seu tempo. O aviso de Jesus dirige-se contra os adultos que endurecem seus ouvidos. E tem apenas uma finalidade, finalidade de salvação: Apelo à aversão pelo pecado e ao desejo de tudo quanto faça do homem um homem bom; apelo à confiança nele, que é o caminho para a vida.
FONTE DAS MATERIAS
1- FINADOS DIA DAS ALMAS
E
2 – CÉU, INFERNO PURGATÓRIO
É O SITE: www.paginaoriente.com/santos/finados0211.htm

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