APARIÇÕES DE MARIA SANTÍSSIMA
EM GARABANDAL, ESPANHA (1961)
"Por meio deste beijo que dei nesses objetos, Meu Filho fará prodígios. Reparte-os com os demais".(Palavras de Maria Santíssima à menina Conchita em Garabandal, Espanha, em 1965
São Sebastião de Garabandal, está situada ao Norte da Espanha a 40 quilômetros a oeste de Lourdes, França.
No início da década de 60 era um lugarejo montanhês, sem trem, estrada, ou telefone. Vivia dias de paz até 15 de junho de 1961.
A partir dessa data, tudo mudaria neste rincão perdido nos montes cantábricos: milhares de pessoas, impulsionadas pela curiosidade, pela devoção ou pela esperança começaram a afluir, de forma ininterrupta, até a pobre aldeia a que um periodista navarro denominou “Lourdes Espanhola”.
As quatro crianças videntes de Garabandal durante um dos êxtases simultâneos em que viam e falavam com a Santíssima Virgem
Da direita para a esquerda: Conchita, Mari-Cruz, Loli e Maria Dolores
Garabandal Garabandal
A mensagem de Garabandal deu grande ênfase à Eucaristia, isto é, Jesus que se dá como alimento através do pão e do vinho
As primeiras aparições começaram com a visão do arcanjo São Miguel, que várias vezes se manifestou para as quatro meninas
O Arcanjo São Miguel, várias vezes se manifestou para as quatro meninas, entre 18 de junho e começos de julho de 1961. Ele anunciou a vinda da Virgem no dia 2 de julho
As primeiras aparições começaram com a visão do arcanjo São Miguel, que várias vezes se manifestou para as quatro meninas, entre 18 de junho e começos de julho de 1961. Ele anunciou a vinda da Virgem no dia 2 de julho.
Maria Cruz González tinha 11 anos ao começar as aparições, é a menor das quatro crianças. As outras três se chamam: Jacinta González, Conchita González e Maria Dolores Mazón, a quem carinhosamente chamavam Loli. Estas três meninas tinham 12 anos. Apesar de levar três delas o mesmo sobrenome, não são irmãs, nem primas entre si, ao menos em primeiro grau.
Por essas aparições, segundo as videntes, Nossa Senhora pediu-lhes que suplicassem (em Seu nome) à humanidade que retornasse a Deus, pela oração, o jejum, a confissão freqüente, recepção da Eucaristia e pela caridade.
As aparições se estenderam por cinco anos e até hoje não foram aprovadas pela Igreja Católica. Mas também não foram desaprovadas, desde que as comissões de investigação não encontraram nada contrário à fé.
A Virgem Santíssima foi descrita pelas meninas como “diferente de todas as outras mulheres”. Trajava um longo vestido branco que lhe cobria os pés, com um manto azul e uma coroa de estrelas douradas.
Aparência da Virgem era tridimensional, fisicamente sólida e uma presença íntima, natural —ou no dizer das meninas “como você e eu”
Garabandal
Concepção artística da Santíssima Virgem e do Menino Jesus, conforme descrito pelas quatro videntes de Garabandal
Sua pele era mais clara que a dos dois anjos que a acompanhavam, mas mesmo assim era escura —diferente. O cabelo era castanho escuro e ondulado. A face oval, com feições finas, lábios bonitos e delicado nariz aquilino. A voz dela “tinha um encanto indescritível”. As mãos estavam abertas e se moviam. Ela usava o escapulário de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Sua aparência era tridimensional, fisicamente sólida e uma presença íntima, natural —ou no dizer das meninas “como você e eu”. (1)
“Nossa Mãe Santíssima” apresentou-se ladeada por dois anjos, que não eram “como você e eu”. “Pareciam gêmeos”, trajavam longos mantos azuis sem costura, exatamente iguais, e tinham grandes asas cor-de-rosa. “Os rostos não eram nem grandes nem pequenos.” Os olhos eram negros e penetrantes e eles tinham mãos finas e unhas curtas. Pareciam ter uns 9 anos de idade, mas, mesmo assim, “davam a impressão de ser muito fortes”. Um era são Miguel e o outro, são Gabriel.
Ao entrarem em êxtase em seus diálogos com a Virgem, o rosto das meninas apresentava uma aparência de profunda beleza interior, serenidade e paz. Isso pode ser constatado nas inúmeras fotos e filmagens amadoras realizadas na época.
As aparições de Garabandal se caracterizaram pela ênfase dada por Maria Santíssima à Eucaristia
Eucaristia
Durante o ciclo das aparições estima-se em torno de dois mil diálogos das meninas com a Virgem Santíssima, o que resultou em vasto acervo de testemunhos.
Raramente a Mãe de Jesus tratou de assuntos universais, com exceção de duas mensagens, previamente anunciadas pelo anjo. Porém, houve insinuações a três grandes acontecimentos futuros, que ficaram conhecidos como “grande milagre”, “aviso” e “castigo”.
Esses dois últimos eventos têm implicações apocalípticas, mas nenhum deles foi descrito além dessas palavras.
As aparições de Garabandal se caracterizaram pela ênfase dada por Maria Santíssima à Eucaristia (houve a famosa materialização de uma hóstia na boca de Conchita, previamente anunciada pelo anjo e ocorrida no dia 18 de julho de 1962) e também pelas inúmeras mensagens e milagres de caráter particular dadas a sacerdotes e devotos.
"Do ponto de vista rigorosamente cientifico, não se pode negar a possibilidade de uma coisa sobrenatural em todos estes fenômenos"
Milagre Eucarístico
As aparições de Garabandal se caracterizaram pela ênfase dada por Maria Santíssima à Eucaristia. Houve o milagre eucarístico: uma hóstia na boca de Conchita, previamente anunciada pelo anjo e ocorrida no dia 18 de julho de 1962
Os fenômenos foram notáveis e até hoje chamam atenção. Um deles, por exemplo: onde quer que estivessem as meninas, separadas ou juntas, todas ouviam uma espécie de “chamado” ou “voz interior”. Imediatamente entravam em êxtase suave e, uma a uma, iam se encontrando na pequena via que leva ao local das aparições.
O Dr. Ricardo Puncernao, dirigente dos Neuro-Psiquiatras Espanhóis, que se tornou uma das principais autoridades médicas sobre Garabandal, viu as meninas em seus transes extasiados por vinte vezes, examinando-as meticulosamente em êxtase e em estado normal, disse: "Do ponto de vista rigorosamente cientifico, não se pode negar a possibilidade de uma coisa sobrenatural em todos estes fenômenos". O Dr. Garcia Ruiz e o Dr. Ortiz González que passaram 22 dias consecutivos estudando as meninas, depuseram:
"Mantermo-nos calados, seria uma autêntica covardia científica.... Nós não encontramos nenhuma explicação convincente para tal fenõmeno".
Durante as aparições, a Virgem beijava objetos religiosos dados às meninas pelos devotos. Muitas curas ocorreram a partir dessas relíquias.
Posteriormente, fragmentou-se muitos desses objetos que se espalharam pelo mundo em forma de escapulários e medalhas.
Há registros impressionantes de curas difíceis (como câncer e paralisia) registrados a partir dessa devoção.
A manifestação de Maria Santíssima em Garabandal, embora aceita popularmente como autêntica, não foram suficientes para convencer os bispos de Santander, que se recusaram a admitir a origem divina das aparições.
Provavelmente, o que pesou foram as duras e severas críticas feitas por Maria Santíssima a segmentos da Igreja em plena época conturbada por ocasião da realização do Concílio Vaticano II. (2)
A primeira mensagem, divulgada pelas meninas no dia 18 de outubro foi a seguinte:
“É preciso fazer muitos sacrifícios, muita penitência, visitar o Santíssimo. Mas, antes, devemos ser muito bons e, se não formos, nos virá um Castigo. A taça já está se enchendo. se não mudarmos, nos virá um castigo muito grande” (3)
A segunda mensagem ocorreria em 1965. Com seis meses de antecedência, ou seja, final de 1964, Conchita havia anunciado —da parte da Visão— que em 18 de junho de 1965, ela teria uma aparição do anjo São Miguel.
Esta longa espera permitiu a numerosos estrangeiros conhecer o anúncio profético e poder assim dar-se entrevista em Garabandal: assistiram franceses, belgas, alemães e um grande número de americanos. Numerosos espanhóis estiveram presentes, naturalmente.
Até as 23 horas e 30 minutos, Conchita, protegida por alguns jovens do povoado e por um grupo importante da Guarda Civil, se dirigiu para a “Calleja” (o local das aparições).
Ela atravessou a multidão, chegou ao “quadrado” (uma espécie de proteção de madeira improvisada para proteger as meninas da multidão), e caiu de joelhos.
Este êxtase se prolongou por vinte minutos e pôde ser filmado pela televisão italiana e pelo N.O.D.O (Noticiário Espanhol). Conchita recebeu uma Mensagem para todo o mundo. O texto exato é o seguinte:
A mensagem da Santíssima Virgem foi dada ao mundo por intermédio do anjo São Miguel: (4)
"Em virtude da minha mensagem de 18 de outobro não ter sido obedecida nem realizada e conhecida pelo mundo, advirto-vos, pois, que esta é a última. Antes a taça estava enchendo, agora está transbordando. De inicio, o calice estava a encher. Agora esta a transbordar. Muitos cardeais, muitos bispos e muitos padres estão no caminho da perdição e com eles estão conduzindo muitas almas. (5) Cada vez MENOS IMPORTÁNCIA É DADA À EUCARISTIA. (6) Vós deveis a fastar a ira de Deus para longe de vos com vosso esforço. Se Lhe pedirhes perdao com coraç ã o sincereo, Ele vos perdoará . Eu, a Vossa Mãe, pela intercessão de S. Miguel, peço que vos amendeis. Estais a receber o ú ltimo aviso. Amo-vos muito e n ã o quero a vosssa condenac ã o. Rezem com sinceredade e n ó s ouviremos as vossas preces. Deveis FAZER MAIS SACRIFICIOS. Lembrai-vos da Paixao de Jesus."
Há uma vasta documentação da aparição de Garabandal, entre testemunhos de familiares, devotos, sacerdotes, doentes que foram curados, etc.
Porém, é no Diário de Conchita, na época com apenas 12 anos, onde encontramos os testemunhos mais belos e mais eloquentes sobre a grandeza do amor de nossa Mãe do Céu.
Um relato em especial que chama a atenção pela pureza é quando Conchita faz referências a esse encantador amor maternal de Maria Santíssima, que em parceria com as meninas, compõe singelos versinhos para suas cantigas pastoreiras. Escreve Conchita em seu Diário:
“Como Mari Cruz já havia tido uma aparição primeiro, e em seguida, fora para sua cama, pedimos à Virgem que nos ensinasse umas canções para cantá-las a Mari Cruz. Assim, discorrendo nós três alguma palavra, Ela nos ajudava com as demais na seguinte forma:
Levanta-te Mari Cruz,
Que vem a Virgem serena
Com um cestinho de flores,
Para a menina pequena.
Mari Cruz, Mari Cruz
Que pena nos dá de ti
Rezas muito à Virgem
Para que Ela volte junto a ti.
Mari Cruz, Mari Cruz
Não te perfumam as açucenas?
Trazem-nas a Virgem
Para que sejas uma boa pequena
Algumas dessas canções que guardam sublimes e ao mesmo tempo corriqueiros versos maternais da Mãe de Jesus junto às Suas crianças, ainda hoje podem ser ouvidas em gravações que foram preservadas desde aquela época.
A última aparição da Virgem para Conchita, relatada do diário de Conchita
Conchita
"Passou esse feliz momento que estive com minha Mamãe do Céu e minha melhor Amiga, e com o Menino Jesus. Eu já Os deixei de ver, mas não de senti-Los"
Também a última aparição da Virgem para Conchita, relatada com sua espontaneidade juvenil, merece ser mencionada aqui:
“No sábado, dia 13 de novembro, a Virgem tinha anunciado em uma locução que recebi na Igreja, que a veria nos pinheiros: seria uma especial aparição para beijar objetos religiosos e reparti-los depois, já que têm grande importância. Eu estava com grandes desejos de que esse dia chegasse, para voltar a ver Aquela que tem semeado em mim a felicidade de Deus: a Virgem com o Menino Jesus em Seus braços.
"Estava chovendo, mas isso não me importou. Subi aos pinheiros e levava comigo muitos rosários que há pouco me haviam sido oferecidos para reparti-los. E eu, como me dissera a Virgem na locução, levei-os para que Ela os beijasse.
"Subindo sozinha aos pinheiros, ia dizendo a mim mesma que me sentia muito arrependida de meus defeitos, que eu não cairia mais neles, porque me dava aflição apresentar-me diante da Mãe de Deus sem estar livre deles.
"Quando cheguei aos pinheiros comecei a tirar os rosários que levava e, enquanto os tirava, ouvi a voz muito doce da Virgem, que se distingue entre todas, e me chamava por meu nome. Eu lhe respondi: “quê...?” E nesse momento a vi, com o Menino Jesus nos braços. Vinha vestida como sempre e muito sorridente
Eu lhe disse:
— Trago-te os rosários para que os beijes.
E Ela me disse:
— Estou vendo.
"Eu estava mastigando um chiclete, mas quando A estava vendo deixei de mascá-lo e o coloquei sobre uma pedra. E Ela notara que eu o trazia e me disse:
— Conhcita, por que não deixas teu chiclete e o ofereces como um sacrifício pela glória de Meu Filho?
Conchita
"Eu lhe disse: — Que indigna sou, oh! Mãe nossa, de tantas Graças recebidas por Vós. E, no entanto, vens hoje a mim para suportar a pequena cruz que agora tenho.
Ela me disse: — Conchita, não venho somente por ti, mas venho por todos meus filhos, com o desejo de aproximá-los de Nossos corações
"E eu, com vergonha, o tirei e o joguei no chão. Depois me disse:
— Tu recordas do que te disse no dia de teu santo, de que sofrerias muito na terra? ...pois volto a te dizer. Tem confiança em Nós e ofereças com alegria esse sofrimento a Nossos corações, pelo bem de teus irmãos. Porque assim estarás mais unida a nós.
"Eu lhe disse:
— Que indigna sou, oh! Mãe nossa, de tantas Graças recebidas por Vós. E, no entanto, vens hoje a mim para suportar a pequena cruz que agora tenho.
Ela me disse:
— Conchita, não venho somente por ti, mas venho por todos Meus filhos, com o desejo de aproximá-los de Nossos corações.
"E me pediu:
— Dá-me, para que eu possa beijar tudo o que trazes.
"E eu Lhe dei tudo.
Levava comigo uma Cruz e, depois de beijá-la, Ela me disse:
— Passa a cruz pelas mãos do menino Jesus.
"E eu passei a cruz nas mãos do Menino. E Ele não disse nada. Então eu falei:
— Esta cruz a levarei comigo ao convento. Mas Ele não me disse nada. (8) Depois de beijá-los, Ela me disse:
— Por meio deste beijo que dei nesses objetos, Meu Filho fará prodígios. Reparte-os com os demais.
Conchita
"E eu lhe disse:
Se estivesse sempre vendo-Te, sim, mas se não, não sei, porque sou muito má...
— Faça tudo de tua parte e Nós te ajudaremos, como também às Minhas filhas Loli, Jacinta e Mari Cruz..."
— Claro, eu assim o farei.
Depois disto me pediu que dissesse as petições para os demais, que me haviam encomendado. E eu disse a ela. (9) E ela me falou:
— Dize-me Conchita, dize-me coisas de Meus filhos; a todos os tenho sob meu manto.
"Então eu lhe disse:
— É muito pequeno, não cabemos todos.
Ela sorriu.
— Sabes, Conchita, porque não vim eu no dia 18 de junho dar-te a mensagem para o mundo...? Porque me dava pena dizer-vos eu. Mas vos tenho que dizer, para vosso bem e para glória de Deus, se o cumprirdes. Quero-vos muito e desejo vossa salvação para reunir-vos em torno do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Verdade, Conchita, que tu me responderás?
"E eu lhe disse:
Se estivesse sempre vendo-Te, sim, mas se não, não sei, porque sou muito má...
— Faça tudo de tua parte e Nós te ajudaremos, como também às Minhas filhas Loli, Jacinta e Mari-Cruz...
"Ficou muito pouco e também me disse:
— Será a última vez que me vês aqui, (10) mas estarei sempre contigo e com todos Meus filhos.
"Depois acrescentou:
— Conchita, por que não vais mais vezes visitar a Meu Filho no Santíssimo? Por que te deixas levar pela preguiça, não indo visitá-lO, quando Ele vos está esperando de dia e de noite?
Pinheiros
Conchita nos Pinheiros, local onde recebeu a última visita da Santíssima Virgem em Garabandal
"Como já escrevi, estava chovendo muito e a Virgem e o Menino Jesus não se molhavam nada. Eu, quando os estava vendo não me dava conta de que chovia, mas quando deixei de vê-los estava molhada.
Eu lhe disse:
— Ah! Que feliz sou quando Os vejo! Por que não me levas contigo agora?
E Ela me respondeu:
— Recorda-te do que te disse no dia de teu santo... ao apresentar-te diante de Deus tens que Lhe mostrar tuas mãos cheias de obras, feitas por ti, em favor de teus irmãos, e para glória de Deus. E agora as tens vazias.
"E nada mais. Passou esse feliz momento que estive com minha Mamãe do Céu e minha melhor Amiga, (11) e com o Menino Jesus. Eu já Os deixei de ver, mas não de senti-Los. (12)
" De novo foi semeado em meu ânimo uma paz e uma alegria e um desejo imenso de vencer meus defeitos para conseguir amar, com todas minhas forças, aos Corações de Jesus e de Maria, que tanto nos querem.
"Anteriormente (13) a Virgem me disse que Jesus não mandava o “castigo” para aborrecer-nos, mas para repreender-nos de que não Lhe fazemos caso, e para ajudar-nos. E o “aviso” nos manda para purificar-nos, para fazermos ver o “milagre” com o qual nos mostra claramente o amor que nos tem e, por isso, o desejo de que cumpramos a mensagem.
" O “aviso” se verá, e passará, em todas partes e o sentirá cada pessoa. É como um castigo. Neste dia se verá o que temos causado a nós mesmos com nossos pecados. Eu penso que nos virá muito bem, e que não se desesperem, pois será para nossa santificação. (14)
Desde o início das Aparições, a Visão havia anunciado às meninas que chegaria o tempo em que entrariam em contradição e até chegariam a negar havê-La visto
Garabandal
Desde o início das Aparições, a Visão havia anunciado às meninas que chegaria o tempo em que entrariam em contradição e até chegariam a negar havê-La visto. As meninas o repetiram freqüentemente
Desde o início das Aparições, a Visão havia anunciado às meninas que chegaria o tempo em que entrariam em contradição e até chegariam a negar havê-La visto. As meninas o repetiram freqüentemente. E realmente ocorreram vários incidentes, retratações por parte das videntes, enfim, perturbações que normalmente ocorrem durante casos de longas aparições marianas.
Esses fatores em muito desacreditaram a mensagem de Garabandal, que ainda assim, é repleta de fatos inusitados e inexplicáveis, bem como curas extraordinárias por meio das medalhas feitas com as relíquias de sacramentais beijados por Maria Santíssima e abençoados pelas mãos do Menino Jesus.
Importante ressaltar que quando começaram ocorrer as aparições Conchita passou a nutrir o desejo de tornar-se religiosa. Porém, sempre que dizia isso à Virgem ou ao Menino Jesus, recebia como resposta um incômodo silêncio da parte da ambos.
“Quero dizer-te, Conchita, que antes do Milagre sofrerás muito, pois haverá poucos que te creiam; tua própria família acreditará que te enganaste. Tudo isto desejo Eu (já te disse), para tua Santificação"
Conchita
Disse-lhe Jesus: “Quero dizer-te, Conchita, que antes do Milagre sofrerás muito, pois haverá poucos que te creiam; tua própria família acreditará que te enganaste. Tudo isto desejo Eu (já te disse), para tua Santificação, e para que o mundo cumpra a Mensagem. Quero prevenir-te que o resto de tua vida será um contínuo sofrimento; não te acovardes, no sofrimento, contigo estamos Eu e Maria, a quem tu tanto queres” (...) "também te darei o sofrimento. Quem sofre por Mim, eu estarei com ele.”
Mesmo assim, mais tarde, ela entrou como aspirante no convento das Carmelitas Calçadas Missionárias de Pamplona. Porém, no dia 13 de fevereiro de 1966, quando em oração na igreja, ela recebeu uma locução interior (uma mensagem de Jesus). Ela mesma a redigiu nesses termos:
“No domingo dia 13 do mês de fevereiro (15) no momento de dar graças a Deus, depois de Comungar, recebi naquele instante uma grande alegria e, ao mesmo tempo, uma tristeza maior e uma desilusão. Ouvi a voz de Cristo que me dizia assim:
“Conchita, tu vens aqui ao colégio para preparar-te para ser minha esposa e dizes que a seguir-Me. Não me dizes, Conchita, que queres cumprir com minha vontade? Pois tu agora queres cumprir a tua e queres seguir assim toda tua vida? Eu elegi a ti no mundo para que estejas nele, enfrentando-o com as muitas contrariedades que por Mim encontrarás. Tudo isto o quero Eu para tua santificação, e o ofereças pela salvação do mundo. Deves falar ao mundo de Maria. Recorda-te que em junho me perguntastes se serás monja. Eu te disse: em qualquer parte encontrarás a Cruz, o sofrimento, te volto a dizer agora. Conchita, sentistes Meu chamado para ser minha esposa? Não, porque não te chamei”.
"Eu lhe perguntei: E como se sente teu chamado para ser monja? E Ele me disse:
“Não te preocupes com isto, tu não o sentirás”.
"E eu lhe falei: Então, não me queres, Jesus? E ele me respondeu:
“Conchita, tu me perguntas isto? Quem te redimiu? Cumpre Minha vontade e encontrarás Meu amor. Examina-te bem. Pensa mais nos demais, não te importem as tentações; se fores fiel ao Meu amor, vencerás as muitas tentações. Sê inteligente no que te digo, inteligente espiritualmente. Não te tapes, tu mesma, os olhos da alma, não te deixes enganar por nada. Ama a humildade, a simplicidade, nunca penses que o que fazes é muito, pensa no que tens que fazer e no que deves fazer, não para ganhar o Céu, mas para o mundo, que cumpra Minha divina vontade; que toda alma se prepare. Quem tem sua alma disposta a ouvir-Me, saberá qual é a minha vontade.”
“Quero dizer-te, Conchita, que antes do Milagre sofrerás muito, pois haverá poucos que te creiam; (16) tua própria família acreditará que te enganaste. Tudo isto desejo Eu (já te disse), para tua Santificação, e para que o mundo cumpra a Mensagem. Quero prevenir-te que o resto de tua vida será um contínuo sofrimento; não te acovardes, no sofrimento, contigo estamos Eu e Maria, a quem tu tanto queres”.
"Eu perguntei se em Roma também deixariam de crer, (17) e Ele me disse: “Não te preocupes se te crerão ou não te crerão. Eu farei tudo. Mas também te darei o sofrimento. Quem sofre por Mim, eu estarei com ele.”
Conchita, com as demais meninas, casou-se, e posteriormente mudou-se para Nova Iorque. Tornou-se mãe e enfermeira dedicada. Vive vida simples, de oração e recolhimento. Jamais tirou proveito, lucro ou benefício das experiências que vivenciou. (18)
Conclusão
Embora as manifestações da Santíssima Virgem em Garabandal oficialmente não tenham sido aprovadas pela Igreja, Padre Pio, o santo capuchinho de San Giovanni Rotondo, agraciado com muitos carismas, sempre confirmou as Aparições da Virgem Santíssima em Garabandal, além de recomendar sua devoção: "Consagra-te à Virgem do Carmo, que apareceu em Garabandal." (...) "Garabandal é uma verdade". (19)
Em 21/01/1966, em plenas turbulências pós Concílio Vaticano II, Sua Santidade, o Papa Paulo VI, como a externar sua certeza sobre a veracidade de Garabandal, e antecipando-se à palavra final do Santo Oficio, recebeu a menina Conchita, então com apenas 15 anos, e disse-lhe:
“Conchita, eu te abençôo; e comigo, te abençoará toda a Igreja!”
Anteriormente ele já tinha afirmado:
“Garabandal é a mais bela história da humanidade, depois do nascimento de Jesus Cristo. É a segunda vida da Santíssima Virgem nesta terra. É importantíssimo dar a conhecer ao mundo estas mensagens”. (20)
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Fontes consultadas:
1 - SWAN, Ingo. op. cit. pp. 288-301
2 - SWANN, Ingo. Op. cit. pp. 288-301
3 - Conchita repete freqüentemente, o mesmo que suas companheiras: “Antes de tudo a mensagem.” Diz no entanto mais: “De nada nos serve acreditar nas aparições se não cumprimos a mensagem, melhor dito se não cumprimos com a mensagem da Santa Mãe Igreja”. (Carta de Conchita ao P. Alba de Barcelona. 10 de dezembro de 1965). A menina fala da mensagem, porque em 1963 que é o momento em que terminaria de escrever seu diário, ignorava que no dia 18 de dezembro de 1964 a Aparição lhe anunciaria uma aparição para o dia 18 de junho de 1965 com uma última mensagem para o mundo. Estas mensagens dão a Garabandal um sentido universal e uma vocação profética. Seu conteúdo se dirige a humanidade inteira, ainda que certas passagens da mensagem do dia 18 de junho de 1965 encerrem alusões a grupos concretos: por exemplo aos sacerdotes. Fazendo uma constatação entre os ensinamentos de Garabandal e as do Ciclo Imaculista (1830 Medalha Milagrosa; 1848 La Salette, 1853 Lourdes; 1917 Fátima; 1953 Syracusa) vemos que todas essas aparições expressam um mesmo chamamento: